segunda-feira, 28 de abril de 2014

Regras e Arbitragem

    Para começo de conversa resolvi dar o ponta-pé inicial abordando dois assuntos que se interligam e que geram inúmeras polêmicas, principalmente no velho esporte bretão. E não é por acaso. O futebol, ao contrário de outras modalidades, segue com poucas alterações em seu livro de regras e se mantém alguns passos atrás na evolução natural dos esportes.
    Muito se discute no meio futebolístico acerca da utilização de meios tecnológicos no auxílio da arbitragem. Para alguns seria injusto que nem todos tenham acesso às mais recentes tecnologias disponíveis, para outros o jogo perderia seu caráter popular ou ainda prejudicaria o andamento da partida. Discordo plenamente! Qualquer alteração que venha a reduzir falhas humanas é bem vinda. Até hoje não soube de algum tenista que tenha reclamado por não haver o sistema de desafio em todos os torneios, ou mesmo por só estar disponível em algumas quadras em torneios que utilizam tal sistema. O mesmo ocorre com o vôlei atualmente. O basquete já utiliza monitores à beira da quadra para rever lances duvidosos. Enfim, o mundo evolui e os esportes não são imunes a isso.
     Antes mesmo da discussão sobre novas tecnologias, há alterações bem mais simples e baratas que poderiam tornar o futebol um jogo com mais lisura. Pelo que vejo, principalmente na América Latina, a mudança mais benéfica para o futebol seria na cronometragem e no tempo da partida. Salvo engano, é o único esporte que o árbitro principal controla o tempo. Se o tempo passasse a ser regressivo, parando o cronômetro a cada paralisação e registrado em um placar eletrônico haveria muito menos espaço para a prática obscena da "cera" e não seria necessária a discussão se deveria se acrescer 1, 2 ou 3 minutos ao tempo de jogo. Ora, já existem estatísticas atuais mostrando que muitas vezes um jogo de futebol tem menos de 60 minutos de bola em jogo, que é o limite colocado como aceitável pela FIFA!
     Penso ser até mesmo óbvio que a solução é simples, contudo não consigo enxergar se alguém tem interesse em que assim se mantenha o jogo. Se uma partida que deveria ter 90 minutos tem 60, está se furtando do espectador um terço do valor que o mesmo paga pelo ingresso. Se nenhum gestor esportivo pensou nisso até hoje, deveria rever sua atuação. Passando o tempo de jogo para dois períodos de 25 ou 30 minutos, cronometrado em um placar eletrônico comandado por mesários e parando o relógio a cada paralisação e saída de bola, tornaria o jogo mais honesto e emocionante. Sem grandes prejuízos ao tempo total de disputa.
     O tema é vasto e meu arsenal de ideias sobre o mesmo também. Será assunto futuro e recorrente por aqui. Mais para frente externarei outros posicionamentos.


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